AS CHUVAS ÁCIDAS
Antes de qualquer coisa, é importante ressaltar que as chuvas, mesmo em ambiente não -poluído, são sempre ácidas. A combinação de gás carbônico (CO2) e água (H2O) presentes na atmosfera produz ácido carbônico (H2CO3), que, embora fraco, já torna as chuvas normalmente ácidas. Assim, as chuvas ácidas, das quais tanto se fala e que causam graves problemas, são resultantes da elevação exagerada dos níveis de acidez da atmosfera, em conseqüência do lançamento de poluentes produzidos pelas atividades humanas.
As chuvas ácidas são outro fenômeno atmosférico causado, em escala local e regional, pela emissão de poluentes das indústrias, dos transportes e de outras fontes de combustão. Os principais responsáveis por esse fenômeno são o trióxido de enxofre (SO3), que é a combinação do dióxido de enxofre (SO2), emitido a partir da queima de combustíveis fósseis, e do oxigênio (O2), já presente na atmosfera – e o dióxido de nitrogênio (NO2).
A concentração de trióxido de enxofre aumentou na atmosfera como resultado da ampliação do uso de combustíveis fósseis nos transportes, nas termelétricas e nas indústrias. Cerca de 90% desse gás é eliminado pela queima do carvão e do petróleo. Já pelo menos 70%, aproximadamente, do dióxido de nitrogênio é emitido pelos veículos automotores. Enquanto a concentração do primeiro está gradativamente diminuindo na atmosfera, a do segundo está aumentando, em função da maior utilização do transporte rodoviário.
Os países que mais colaboram para a emissão desses gases são os industrializados do hemisfério norte. Por isso, as chuvas ácidas ocorrem com mais intensidade nesses países, principalmente no nordeste da América do Norte e na Europa Ocidental.